Jogos
olímpicos serão de segurança e tranquilidade, diz Serra no Rio
- 23/07/2016 18h55
- Rio de Janeiro
Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil
Para José Serra, o palácio é um lugar adequado e
muito bonito para as recepções. Ele considerou o palácio preparado para
receber, em cada uma das quatro ocasiões, cerca de 1,5 mil pessoasNanna
Pôssa/Radiojornalismo
O ministro das Relações
Exteriores, José Serra, fez hoje (23) à tarde uma vistoria no antigo Palácio do
Itamaraty, no centro do Rio de Janeiro. O prédio será palco de quatro recepções
a chefes de Estado e de governo de todo o mundo durante os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos, recebendo um total estimado em 6 mil pessoas.
O ministro avaliou que a
perspectiva com relação aos Jogos Rio 2016 é de segurança e tranquilidade.
“Pelo menos eu sinto isso”, acrescentou Serra, lembrando os grandes eventos que
o Rio de Janeiro e o país sediaram nos últimos anos, como a Copa do Mundo de
2014, e que transcorreram de forma tranquila.
O antigo Itamaraty dispõe
de uma ala oitocentista e outras duas construiídas no século passado. Serão
duas recepções nos Jogos Olímpicos, uma na abertura, dia 5 de agosto, e outra
no encerramento, no dia 21. Mais duas estão previstas para a abertura (7 de
setembro) e encerramento 18 de setembro) da Paralimpíada.
A responsabilidade pelas quatro
recepções cabe ao Ministério das Relações Exteriores, que tem sua representação
no Rio funcionando no histórico palácio, que já foi a sede da diplomacia
brasileira, antes da mudança da capital para Brasília.
Casas reais
“É um lugar adequado e muito
bonito para as recepções”, disse Serra, que considerou o palácio preparado para
receber, em cada uma das quatro ocasiões, cerca de 1,5 mil pessoas. Além de 45
chefes de estado e de governo já confirmados, virão representantes de casas
reais e de organismos internacionais, cada um deles trazendo acompanhantes,
assessores e integrantes de suas respectivas seguranças pessoais.
Segundo Serra, entre as presenças
confirmadas estão as dos presidentes da França, François Hollande, da
Argentina, Mauricio Macri, e do primeiro-ministro da Itália, Matto Renzi. Dos
Estados Unidos, o ministro confirmou apenas a vinda do secretário de Estado,
John Kerry, com quem já tem um encontro agendado.
Além de obras emergenciais para
as recepções olímpicas, o antigo palácio está passando por uma restauração,
obra que, conforme José Serra, está muito lenta e ele pretende agilizar. “Foi
feito um convênio com uma ONG, o BNDES disponibilizou recursos e não aconteceu
nada. Essa é uma das coisas que eu pretendo ativar. Não é o dinheiro que falta.
É agilidade, determinação”.
Mobilização
Após cada uma das recepções no
Itamaraty, os mandatários e suas comitivas seguirão em ônibus especiais para as
cerimônias no Maracanã. No fim, retornarão ao palácio para pegar seus veículos.
Serra informou não estar autorizado a divulgar o número de agentes que estarão
atuando no Itamaraty e no entorno do palácio.
O ministro elogiou o grau de
mobilização das forças de segurança para a Olimpíada, envolvendo as polícias do
Rio, a Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal e as Forças Armadas. “É
uma mobilização que considero impressionante, a maior de nossa história”, disse
o ministro.
Ele também lembrou a manifestação
do governo americano, que considerou boa a situação da segurança no Brasil para
o megaevento. “Eles podiam não ter dito nada, mas o fato é que disseram que
acham boa”, comentou.
Atentados
A rapidez com que as forças de
segurança agiram na Operação Hashtag para prender o grupo suspeito de
premeditar um ataque terrorista durante os jogos também mereceu elogios de
Serra. “São amadores? É provável que sejam, mas têm de ser presos, porque boa
parte desse pessoal é amador mesmo. A violência não exige profissionalismo.
Exige nesse caso fanatismo, doença mental”, afirmou o ministro a respeito do
grupo.
Para o chanceler, os últimos
atentados no mundo reforçam mais a preocupação com a segurança. “A insegurança
com relação ao terrorismo é mundial. Estão sendo atingidos países da Europa que
não estão organizando nada, nenhum evento. O fenômeno da violência é uma
espécie de doença que está acometendo o mundo de forma surpreendente e que
precisa ser enfrentada.”
Edição: Armando
Cardoso
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