Caixas
pretas do voo da Egypt Air começam a ser procuradas dentro de 12 dias
- 29/05/2016 10h50
- Cairo
Da
Agência Lusa
As caixas negras do voo
Paris-Cairo da Egypt Air, que caiu no mar Mediterrâneo com 66 pessoas a bordo,
só vão poder ser procuradas dentro de 12 dias, o tempo que a embarcação
especializada precisa para chegar ao local.
O Aibus A320 desapareceu dos
radares na noite de 19 de maio, antes de se despenhar no mar Mediterrâneo,
entre Creta e a costa norte do Egito, por causas ainda desconhecidas.
A hipótese de atentado,
inicialmente avançada pelas autoridades egípcias, foi perdendo terreno para a
possibilidade de acidente causado por motivos técnicos, tendo em conta os
alertas automáticos emitidos pela aeronave de dois em dois minutos antes da
queda, a fumaça de sinalização no cockpit e uma falha no computador dos
comandos.
Egito e França assinaram acordos
com duas empresas francesas especializadas em fazer buscas em águas profundas,
já que entre as vítimas do acidente estão 40 cidadãos egípcios e 15 franceses,
além da tripulação.
De acordo com fonte próxima da
investigação, que pediu à France Presse para não ser identificada, cada uma das
empresas vai ter uma missão específica, sendo que uma vai localizar as caixas
negras e outra tem como missão resgatá-las.
Só com a análise aos registos de
voo, nas caixas negras, será possível saber quais foram as causas do acidente.
O tempo para encontrar as caixas
negras começa a esgotar-se, já que os gravadores de voo têm capacidade para
emitir um sinal durante “quatro a cinco semanas” antes de ficarem sem bateria.
A mesma fonte adiantou, também,
que o navio especializado partiu do mar da Irlanda no sábado e deverá chegar ao
local dentro de 12 dias, depois de passar por Alexandria para recolher
investigadores egípcios e franceses.
Estas informações foram
confirmadas por outras fontes próximas da investigação, que justificam a demora
com o facto de a zona de pesquisa ter cerca de 3 mil metros de profundidade e
estar localizada a cerca de 290 quilómetros da costa egípcia.
Edição: Maria
Claudia
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