Coronavírus
As últimas notícias sobre a
pandemia de coronavírus
Trump diz que pico da covid-19 foi atingido nos EUA. FMI
prevê estagnação econômica na Ásia. Presidente da Nicarágua reaparece. Reino
Unido prorroga quarentena por mais três semanas.
Cidade
de Nova York registrou quase um terço das mortes por covid-19 confirmadas nos
EUA
Resumo
desta quinta-feira (16/04):
Mundo
tem mais de 2 milhões de casos de covid-19, 139 mil mortes e 528 mil
recuperados
Brasil
tem 28.320 casos e 1.736 mortes, segundo Ministério da Saúde
Reino
Unido prorroga quarentena por mais três semanas
Presidente
da Nicarágua reaparece após 34 dias e defende não adoção de isolamento
Trump afirma
que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia
FMI
prevê estagnação econômica na Ásia
As
atualizações estão no horário de Brasília (para atualizar, pressione Ctrl+F5):
15:00 – Nova
York e outros estados estendem quarentena até 15 de maio
Vários
estados dos Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira prolongar suas medidas
de isolamento social até 15 de maio. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou
que estava estendendo as restrições à vida social e aos negócios em coordenação
com outros seis estados vizinhos que concordaram em adotar uma estratégia
regional de retomada das atividades.
Cuomo
apontou uma queda nas taxas de hospitalização e de pacientes internados em
unidades de terapia intensiva (UTI) no estado, mas destacou que as taxas de
infecção teriam que diminuir significativamente antes que a economia pudesse
começar a reabrir.
"Gostaria
que a taxa de infecção diminuísse ainda mais", disse o governador,
informando que 606 pessoas morreram em 24 horas no epicentro da covid-19 nos
EUA, o menor número diário em dez dias. Ao todo, a doença já infectou mais de
200 mil pessoas e matou 14 mil somente no estado de Nova York.
14:25
– Em quarentena, Banksy faz arte no banheiro de casa
Impedido
de sair de casa devido à quarentena imposta no Reino Unido em meio à pandemia,
o artista britânico Banksy criou obras de arte em seu próprio banheiro. As
ilustrações em estêncil na parede trazem os conhecidos ratos de trabalhos
anteriores, que desta vez apertam tubos de pasta de dente, rolam em rolos de
papel higiênico e urinam no vaso sanitário.
O
artista, cuja identidade permanece em segredo, publicou fotos da criação em seu
perfil no Instagram. "Minha mulher odeia quando eu trabalho de casa",
brincou na legenda.
14:00
– Reino Unido prorroga quarentena por mais três semanas
O
governo do Reino Unido decidiu prorrogar por mais três semanas as medidas de
isolamento social impostas em todo seu território para conter a pandemia de
coronavírus.
"Já
chegamos tão longe, perdemos muitos entes queridos, já sacrificamos demais para
aliviar [as medidas] agora, especialmente quando estamos começando a ver a
evidência de que nossos esforços estão começando a valer a pena", disse
o ministro do Exterior britânico, Dominic Raab, que substitui o
primeiro-ministro Boris Johnson, enquanto este se recupera da covid-19.
"Qualquer
mudança em nossas medidas de distanciamento social agora traria o risco de um
aumento significativo na propagação do vírus", justificou o ministro.
As
medidas de isolamento social estão em vigor desde 23 de março e incluem o
fechamento de escolas, bares, restaurantes e a maioria das lojas. Cidadãos
devem permanecer em suas casas, a não ser para fazer compras essenciais e
buscar tratamento médico. É permitido exercitar-se ao ar livre uma vez por dia,
bem como se deslocar ao trabalho se não for possível trabalhar de casa.
O Reino
Unido já soma mais de 104 mil casos confirmados de coronavírus, e é o quinto
país do mundo com mais mortes, que totalizam 13.729 até esta quinta-feira.
12:15 –
Maior festival de heavy metal do mundo é cancelado na Alemanha
Com a
proibição de grandes eventos públicos na Alemanha até 31 de agosto devido ao
surto de coronavírus, os organizadores do Wacken Open Air anunciaram o
cancelamento da edição deste ano do festival de heavy metal.
O
festival deveria ocorrer entre 30 de julho e 1º de agosto. Os organizadores
disseram estar "profundamente decepcionados" com o fato de o Wacken
Open Air não poder acontecer como o planejado e disseram que precisaram de
tempo para "processar as más notícias".
Eles
ressaltaram, no entanto, que apoiam a decisão do governo alemão de proibir
grandes eventos para conter a pandemia de coronavírus.
O
Wacken Open Air é o maior festival de heavy metal do mundo e no ano passado
reuniu 75 mil pessoas.
11:55
– Reino Unido tem mais de 13 mil mortos apenas nos hospitais
No Reino
Unido, o número de pessoas que morreram de covid-19 nos hospitais aumentou
para 13.729, segundo a contagem diária divulgada pelo Ministério da Saúde
britânico. Nas últimas 24 horas, o país registrou 816 óbitos.
Após
vários dias em queda, o total divulgado nesta quinta-feira representa um
aumento de 100 óbitos em relação ao dia anterior. Os dados revelam ainda que o
número de pessoas infectadas no país ultrapassou a marca de 100 mil.
Entretanto,
esses números podem omitir a realidade da pandemia em solo britânico, uma vez
que não incluem centenas, talvez milhares de mortes associadas ao coronavírus
em casas de repouso e outras instituições. A epidemia no Reino Unido é uma das
mais graves em toda a Europa.
alto
das infecções, mas dizem a situação não permite afirmar com confiança que o
pior já teria passado.
A suspensão
dos negócios e o fechamento do comércio deixaram centenas de milhares de
desempregados e derrubaram os indicadores econômicos no país. O Departamento
Nacional de Estatísticas afirmou que um quarto dos negócios estão
temporariamente fechados desde o início do confinamento da população.
11:50 –
Cerca de 22 milhões de americanos pediram seguro-desemprego
O
número de trabalhadores que deram entrada no seguro-desemprego nos Estados
Unidos chegou a 22 milhões nas quatro últimas semanas, com as 5,2 milhões de
solicitações feitas entre 6 e 10 de abril, segundo informou o Departamento de
Trabalho do país.
Os
dados indicam que o índice de desemprego nos EUA está perto de 17%, muito acima
do pico de 10% registrado em outubro de 2009, três meses após o fim da Grande
Recessão.
De
acordo com os dados do Departamento de Trabalho, os 5,2 milhões de pedidos são
inferiores aos 6,6 milhões registrados na semana anterior, já sob o impacto da
paralisação da economia provocada pela covid-19.
Em
quatro semanas, a média de solicitações chegou a marca inédita na história de
5,5 milhões.
10:25 –
PSG ajuda a fornecer refeições a hospitais em Paris
O clube
parisiense de futebol Paris Saint-Germain vem ajudando a fornecer refeições
para as equipes que trabalham em hospitais na capital da França.
Em
colaboração com a associação Street Food en Mouvement ("Street Food em
Movimento"), mais de 5 mil refeições já foram preparadas na cozinha do
estádio Parque dos Príncipes e levadas diariamente a sete hospitais
universitários na região de Paris, desde o dia 9 de abril.
A
iniciativa é financiada com a venda de 1,5 mil camisetas especiais do clube com
os dizeres "PSG tous unis" ("PSG Todos juntos). O presidente do
PSG, Nasser Al-Khelaifi, disse que os funcionários dos hospitais são
"verdadeiros heróis" e que devem continuar sendo aplaudidos pela
população.
Em seu
portal de internet, o PSG afirma que 25
mil refeições serão entregues aos hospitais, financiadas pelas
vendas das camisetas.
10:10 –
Japão amplia estado de emergência para todo o país
O
primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou a extensão do estado de
emergência a todo o país. Na semana passada, apenas sete regiões foram
incluídas na declaração de estado de emergência, que atingia inicialmente
apenas grandes cidades.
Segundo
Abe, a medida visa reduzir a movimentação de pessoas para alcançar 80% de
distanciamento social. O estado de emergência ficará em vigor durante um mês e
permite que autoridades regionais recomendem medidas de isolamento e o
fechamento temporário de empresas.
Abe
anunciou ainda que o governo repassará 100 mil ienes (cerca de 4,8 mil reais)
para cada um dos cerca de 120 milhões cidadãos japoneses como um suporte para
os impactos econômicos da pandemia. O Japão tem mais de 9 mil casos de
coronavírus confirmados e cerca de 150 mortes.
09:55 –
Von der Leyen pede "desculpas sinceras" à Itália pela demora da UE em
agir
A
presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pediu desculpas à
Itália pelo fracasso em fornecer ajuda ao país na fase inicial da pandemia.
"É verdade que ninguém estava pronto para isso. Também é verdade que
muitos não agiram a tempo quando a Itália precisava de ajuda logo no
início", afirmou ao Parlamento Europeu.
"É
correto que a Europa ofereça um pedido sincero de desculpas", disse Von
der Leyen. acrescentando que isso apenas poderá ter significado se vier
acompanhado de uma mudança de postura. "A Europa fez mais nas últimas
quatro semanas do que havia feito nos quatro primeiros anos da última
crise", afirmou, em referência à crise da dívida italiana, iniciada em
2009.
Von der
Leyen afirmou que, apesar de início ruim, Europa está agora demonstrando solidariedade
Ela
disse que as medidas adotadas pela União Europeia (UE) e seus Estados-membros
somam mais de 3 trilhões de euros até o momento. O pacote de ajuda acordado
pelos ministros da Economia e das Finanças da UE na semana passada, no valor de
500 bilhões de euros, é "um grande passo na direção certa", avaliou.
Von der
Leyen, porém, destacou que é necessário fazer mais. A Comissão vem propondo a
reavaliação do próximo orçamento de longo prazo da UE, que, segundo a chefe do
Executivo do bloco, "deverá ser a nave mãe da recuperação" do
continente.
Ela
ressaltou que, após um início ruim, a Europa demonstrou sua solidariedade. "A
verdadeira Europa está se erguendo, aquela que preza pelos seus quando mais se
precisa dela", observou.
08:40 –
OMS: Europa ainda está "no olho da tempestade"
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a Europa ainda permanece "no
olho da tempestade" da pandemia de covid-19 e pediu a manutenção das
medidas de precaução.
O
Escritório da OMS para a Europa avalia que apesar de "sinais
otimistas" em alguns dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, o
número de pessoas infectadas continua aumentando e já se aproxima da marca de
um milhão, apenas no continente.
"Continuamos
no olho da tempestade", afirmou o diretor regional da OMS, Hans Kluge,
ressaltando que cerca da metade dos casos confirmados em todo o mundo estão na
Europa. "Os números de casos continuam a subir. Nos últimos dez dias, o
total de casos registrados na Europa quase dobrou, se aproximando de um
milhão", observou.
Kluge
destacou a redução dos números na Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça,
mas disse que os sinais positivos em alguns países são ofuscados pelos aumentos
sustentáveis de casos em outras nações, como a Rússia, Turquia, Belarus e
Ucrânia.
A
Dinamarca se tornou o primeiro país europeu a permitir a reabertura das
escolas, enquanto a Finlândia encerou uma proibição de viagens na região de
Helsinki. Áustria, Itália, Espanha e Alemanha já permitem a reabertura de
alguns negócios e comércios.
Mas,
mesmo que alguns países do continente tenham iniciado o relaxamento das medidas
de precação, o diretor da OMS para a Europa pediu a manutenção dos mecanismos
de controle. "É essencial não baixarmos a guarda", destacou.
Ele
afirmou que, antes do relaxamento das medidas, os países devem se assegurar de
que as transmissões estejam sob controle. Ele acrescentou que os governos
também precisam garantir que os cuidados de saúde tenham a capacidade de
"identificar, isolar, testar, rastrear contatos e impor quarentena".
Kluge
pediu ainda maior vigilância em locais vulneráveis, como casas de repouso ou
áreas onde pessoas morem em habitações com lotação excessiva. Além disso, os
locais de trabalho também devem manter as medidas de precaução, ao mesmo tempo
em que os países devem agir para evitar a importação de novas infecções.
06:30 –
Espanha tem 551 mortes nas últimas 24 horas
O
número de mortes na Espanha aumentou para 19.130 até esta quinta-feira. Segundo
o Ministério espanhol da Saúde, foram registradas 551 mortes por covid-19 nas
últimas 24 horas, mais que as 523 do dia anterior.
O
número de casos no país aumentou de 177.633 para 182.816. A Espanha é
o segundo país com mais casos e mortes de covid-19, atrás dos EUA.
06:45 –
Oktoberfest pode ser cancelada devido à pandemia
As mais
recentes medidas anunciadas pela Alemanha para conter a pandemia de
coronavírus incluem a proibição de grandes eventos públicos até o fim de
agosto. Apesar de a Oktoberfest de Munique, na Baviera, estar planejada para ir
de 19 de setembro até 4 de outubro, o governador do estado, Markes Söder,
afirmou que a festa provavelmente será cancelada.
"Estou
muito cético. Com base na situação atual, é difícil imaginar que um evento
grande como este será possível até então", disse Söder à emissora
local Bayerische Rundfunk na noite desta quarta.
O
governador afirmou que ele e o prefeito de Munique tomarão uma decisão final
sobre a Oktoberfest nas próximas duas semanas.
Oktoberfest
de Munique está planejada para começar em meados de setembro
06:30 –
FMI prevê estagnação econômica na Ásia pela primeira vez desde anos 1960
O Fundo
Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias da Ásia irão
"estagnar" devido à pandemia de coronavírus, enfrentando mais dificuldades
do que durante a crise financeira de 2008/9 ou o crash asiático de 1997/98.
A
região registrará um crescimento nulo pela primeira vez desde os anos
1960, disse Chang Yong Rhee, diretor do FMI para a Ásia e o Pacífico.
Ele prevê que o impacto econômico da pandemia será "grave,
generalizado e sem precedentes".
Rhee
disse que a Ásia enfrenta "uma crise como nenhuma outra" devido
à pandemia, que já matou mais de 137 mil pessoas em todo o mundo e levou
governos a impor bloqueios que têm dificultado o comércio.
"As
medidas de contenção afetam gravemente as economias", afirmou Rhee. Apesar
de a Ásia "se sair melhor do que outras regiões", será duramente
atingida, em parte devido a uma "deterioração da demanda externa" na
Europa e na América do Norte, onde graves recessões são esperadas.
Na
terça-feira, o FMI previu que medidas de isolamento social impostas para conter
a pandemia resultarão na pior
recessão mundial desde a Grande Depressão da década de 1930. Ao contrário
do que aconteceu durante a crise de 2008/9, o crescimento econômico na China, a
maior economia da Ásia e onde a pandemia teve a sua origem, no final de 2019,
irá cair de 6,1% em 2019 para 1,2% este ano, prevê o fundo.
05:30 –
Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja
reabrir economia
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar nesta
quinta-feira planos para reabrir a maior economia do mundo, afirmando que os
EUA já passaram pelo pico da crise de coronavírus apesar de um recorde diário
de mortes. Quase 2.600 pessoas morreram no país em decorrência da covid-19, a
doença respiratória provocada pelo patógeno, em 24 horas, segundo contagem da
agência de notícias AFP..
No
entanto, Trump afirmou a repórteres que sua "estratégia agressiva"
contra o vírus está funcionando e que "dados sugerem que passamos do pico
de novos casos em nível nacional". Ele classificou os números recentes
sobre o coronavírus de "encorajadores".
Ele
prometeu apresentar diretrizes para reabrir partes do país, sugerindo que
estados menos afetados poderiam afrouxar restrições antes do início de maio. As
decisões finais sobre as medidas caberão, porém, aos governadores.
Os EUA
são o país mais atingido pela pandemia. Segundo dados da Universidade Johns
Hopkins, mais de 639 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e mais
de 30 mil morreram em decorrência do patógeno no país. Mais de 10 mil óbitos
foram registrados apenas na cidade de Nova York.
05:05 –
Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias
Daniel
Ortega, presidente da Nicarágua, reapareceu após um sumiço de 34 dias em plena
pandemia de covid-19, o que gerou uma série de boatos e especulações sobre seu
estado de saúde.
Em
pronunciamento na televisão, ele defendeu a estratégia de seu governo no
combate à doença, que, segundo afirma, permitiu conter a disseminação do novo
coronavírus. Ortega afirmou que há apenas nove casos em todo o país e que
somente uma pessoa morreu.
O
mandatário de 74 anos defendeu a decisão de seu governo de não decretar
emergência, não suspender as aulas nem restringir a movimentação de pessoas ou
a entrada no país. "Se o país deixa de trabalhar, o país morre, o povo
morre, se extingue", declarou.
Ele
reconheceu que a economia sentirá os efeitos da pandemia e que o desemprego
deve aumentar, "mas o importante aqui é que continuamos trabalhando e
observando as normas de maneira muito consciente e muito disciplinada",
acrescentou.
Ortega
afirmou que a estratégia de enviar pequenas brigadas sanitárias de casa em casa
para levar informações sobre cuidados com a saúde em meio à pandemia explica
por que a pandemia "avançou lentamente" no país.
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