quinta-feira, 16 de abril de 2020

As últimas notícias sobre a pandemia de coronavírus


Coronavírus

As últimas notícias sobre a pandemia de coronavírus

Trump diz que pico da covid-19 foi atingido nos EUA. FMI prevê estagnação econômica na Ásia. Presidente da Nicarágua reaparece. Reino Unido prorroga quarentena por mais três semanas.



                            Cidade de Nova York registrou quase um terço das mortes por covid-19 confirmadas nos EUA


Resumo desta quinta-feira (16/04):
Mundo tem mais de 2 milhões de casos de covid-19, 139 mil mortes e 528 mil recuperados
Brasil tem 28.320 casos e 1.736 mortes, segundo Ministério da Saúde
Reino Unido prorroga quarentena por mais três semanas
Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias e defende não adoção de isolamento
Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia
 FMI prevê estagnação econômica na Ásia
As atualizações estão no horário de Brasília (para atualizar, pressione Ctrl+F5):

15:00 – Nova York e outros estados estendem quarentena até 15 de maio

Vários estados dos Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira prolongar suas medidas de isolamento social até 15 de maio. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou que estava estendendo as restrições à vida social e aos negócios em coordenação com outros seis estados vizinhos que concordaram em adotar uma estratégia regional de retomada das atividades.

Cuomo apontou uma queda nas taxas de hospitalização e de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) no estado, mas destacou que as taxas de infecção teriam que diminuir significativamente antes que a economia pudesse começar a reabrir.

"Gostaria que a taxa de infecção diminuísse ainda mais", disse o governador, informando que 606 pessoas morreram em 24 horas no epicentro da covid-19 nos EUA, o menor número diário em dez dias. Ao todo, a doença já infectou mais de 200 mil pessoas e matou 14 mil somente no estado de Nova York.

14:25 – Em quarentena, Banksy faz arte no banheiro de casa

Impedido de sair de casa devido à quarentena imposta no Reino Unido em meio à pandemia, o artista britânico Banksy criou obras de arte em seu próprio banheiro. As ilustrações em estêncil na parede trazem os conhecidos ratos de trabalhos anteriores, que desta vez apertam tubos de pasta de dente, rolam em rolos de papel higiênico e urinam no vaso sanitário.

O artista, cuja identidade permanece em segredo, publicou fotos da criação em seu perfil no Instagram. "Minha mulher odeia quando eu trabalho de casa", brincou na legenda.



 
14:00 – Reino Unido prorroga quarentena por mais três semanas

O governo do Reino Unido decidiu prorrogar por mais três semanas as medidas de isolamento social impostas em todo seu território para conter a pandemia de coronavírus.

"Já chegamos tão longe, perdemos muitos entes queridos, já sacrificamos demais para aliviar [as medidas] agora, especialmente quando estamos começando a ver a evidência de que nossos esforços estão começando a valer a pena", disse  o ministro do Exterior britânico, Dominic Raab, que substitui o primeiro-ministro Boris Johnson, enquanto este se recupera da covid-19.

"Qualquer mudança em nossas medidas de distanciamento social agora traria o risco de um aumento significativo na propagação do vírus", justificou o ministro.

As medidas de isolamento social estão em vigor desde 23 de março e incluem o fechamento de escolas, bares, restaurantes e a maioria das lojas. Cidadãos devem permanecer em suas casas, a não ser para fazer compras essenciais e buscar tratamento médico. É permitido exercitar-se ao ar livre uma vez por dia, bem como se deslocar ao trabalho se não for possível trabalhar de casa.

O Reino Unido já soma mais de 104 mil casos confirmados de coronavírus, e é o quinto país do mundo com mais mortes, que totalizam 13.729 até esta quinta-feira.

12:15 – Maior festival de heavy metal do mundo é cancelado na Alemanha

Com a proibição de grandes eventos públicos na Alemanha até 31 de agosto devido ao surto de coronavírus, os organizadores do Wacken Open Air anunciaram o cancelamento da edição deste ano do festival de heavy metal.

O festival deveria ocorrer entre 30 de julho e 1º de agosto. Os organizadores disseram estar "profundamente decepcionados" com o fato de o Wacken Open Air não poder acontecer como o planejado e disseram que precisaram de tempo para "processar as más notícias".

Eles ressaltaram, no entanto, que apoiam a decisão do governo alemão de proibir grandes eventos para conter a pandemia de coronavírus.

O Wacken Open Air é o maior festival de heavy metal do mundo e no ano passado reuniu 75 mil pessoas. 
 
11:55 – Reino Unido tem mais de 13 mil mortos apenas nos hospitais

No Reino Unido, o número de pessoas que morreram de covid-19 nos hospitais aumentou para 13.729, segundo a contagem diária divulgada pelo Ministério da Saúde britânico. Nas últimas 24 horas, o país registrou 816 óbitos.

Após vários dias em queda, o total divulgado nesta quinta-feira representa um aumento de 100 óbitos em relação ao dia anterior. Os dados revelam ainda que o número de pessoas infectadas no país ultrapassou a marca de 100 mil. 

Entretanto, esses números podem omitir a realidade da pandemia em solo britânico, uma vez que não incluem centenas, talvez milhares de mortes associadas ao coronavírus em casas de repouso e outras instituições. A epidemia no Reino Unido é uma das mais graves em toda a Europa.

O governo britânico avalia a ampliação das medidas de isolamento, que entraram em vigor no dia 23 de março, por várias semanas. As autoridades de saúde estimam que o país se aproxima do pico mais
alto das infecções, mas dizem a situação não permite afirmar com confiança que o pior já teria passado.

A suspensão dos negócios e o fechamento do comércio deixaram centenas de milhares de desempregados e derrubaram os indicadores econômicos no país. O Departamento Nacional de Estatísticas afirmou que um quarto dos negócios estão temporariamente fechados desde o início do confinamento da população.

11:50 – Cerca de 22 milhões de americanos pediram seguro-desemprego

O número de trabalhadores que deram entrada no seguro-desemprego nos Estados Unidos chegou a 22 milhões nas quatro últimas semanas, com as 5,2 milhões de solicitações feitas entre 6 e 10 de abril, segundo informou o Departamento de Trabalho do país.

Os dados indicam que o índice de desemprego nos EUA está perto de 17%, muito acima do pico de 10% registrado em outubro de 2009, três meses após o fim da Grande Recessão.

De acordo com os dados do Departamento de Trabalho, os 5,2 milhões de pedidos são inferiores aos 6,6 milhões registrados na semana anterior, já sob o impacto da paralisação da economia provocada pela covid-19.

Em quatro semanas, a média de solicitações chegou a marca inédita na história de 5,5 milhões.

10:25 – PSG ajuda a fornecer refeições a hospitais em Paris 

O clube parisiense de futebol Paris Saint-Germain vem ajudando a fornecer refeições para as equipes que trabalham em hospitais na capital da França.

Em colaboração com a associação Street Food en Mouvement ("Street Food em Movimento"), mais de 5 mil refeições já foram preparadas na cozinha do estádio Parque dos Príncipes e levadas diariamente a sete hospitais universitários na região de Paris, desde o dia 9 de abril. 

A iniciativa é financiada com a venda de 1,5 mil camisetas especiais do clube com os dizeres "PSG tous unis" ("PSG Todos juntos). O presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, disse que os funcionários dos hospitais são "verdadeiros heróis" e que devem continuar sendo aplaudidos pela população. 

Em seu portal de internet, o PSG afirma que 25 mil refeições serão entregues aos hospitais, financiadas pelas vendas das camisetas.

10:10 – Japão amplia estado de emergência para todo o país

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou a extensão do estado de emergência a todo o país. Na semana passada, apenas sete regiões foram incluídas na declaração de estado de emergência, que atingia inicialmente apenas grandes cidades.

Segundo Abe, a medida visa reduzir a movimentação de pessoas para alcançar 80% de distanciamento social. O estado de emergência ficará em vigor durante um mês e permite que autoridades regionais recomendem medidas de isolamento e o fechamento temporário de empresas.

Abe anunciou ainda que o governo repassará 100 mil ienes (cerca de 4,8 mil reais) para cada um dos cerca de 120 milhões cidadãos japoneses como um suporte para os impactos econômicos da pandemia. O Japão tem mais de 9 mil casos de coronavírus confirmados e cerca de 150 mortes.

09:55 – Von der Leyen pede "desculpas sinceras" à Itália pela demora da UE em agir

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pediu desculpas à Itália pelo fracasso em fornecer ajuda ao país na fase inicial da pandemia. "É verdade que ninguém estava pronto para isso. Também é verdade que muitos não agiram a tempo quando a Itália precisava de ajuda logo no início", afirmou ao Parlamento Europeu.

"É correto que a Europa ofereça um pedido sincero de desculpas", disse Von der Leyen. acrescentando que isso apenas poderá ter significado se vier acompanhado de uma mudança de postura. "A Europa fez mais nas últimas quatro semanas do que havia feito nos quatro primeiros anos da última crise", afirmou, em referência à crise da dívida italiana, iniciada em 2009.


                                            Von der Leyen afirmou que, apesar de início ruim, Europa está agora demonstrando solidariedade


Ela disse que as medidas adotadas pela União Europeia (UE) e seus Estados-membros somam mais de 3 trilhões de euros até o momento. O pacote de ajuda acordado pelos ministros da Economia e das Finanças da UE na semana passada, no valor de 500 bilhões de euros, é "um grande passo na direção certa", avaliou.


Von der Leyen, porém, destacou que é necessário fazer mais. A Comissão vem propondo a reavaliação do próximo orçamento de longo prazo da UE, que, segundo a chefe do Executivo do bloco, "deverá ser a nave mãe da recuperação" do continente.

Ela ressaltou que, após um início ruim, a Europa demonstrou sua solidariedade. "A verdadeira Europa está se erguendo, aquela que preza pelos seus quando mais se precisa dela", observou. 

08:40 – OMS: Europa ainda está "no olho da tempestade"
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a Europa ainda permanece "no olho da tempestade" da pandemia de covid-19 e pediu a manutenção das medidas de precaução.

O Escritório da OMS para a Europa avalia que apesar de "sinais otimistas" em alguns dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, o número de pessoas infectadas continua aumentando e já se aproxima da marca de um milhão, apenas no continente.

"Continuamos no olho da tempestade", afirmou o diretor regional da OMS, Hans Kluge, ressaltando que cerca da metade dos casos confirmados em todo o mundo estão na Europa. "Os números de casos continuam a subir. Nos últimos dez dias, o total de casos registrados na Europa quase dobrou, se aproximando de um milhão", observou.

Kluge destacou a redução dos números na Espanha, Itália, Alemanha, França e Suíça, mas disse que os sinais positivos em alguns países são ofuscados pelos aumentos sustentáveis de casos em outras nações, como a Rússia, Turquia, Belarus e Ucrânia.

A Dinamarca se tornou o primeiro país europeu a permitir a reabertura das escolas, enquanto a Finlândia encerou uma proibição de viagens na região de Helsinki. Áustria, Itália, Espanha e Alemanha já permitem a reabertura de alguns negócios e comércios.

Mas, mesmo que alguns países do continente tenham iniciado o relaxamento das medidas de precação, o diretor da OMS para a Europa pediu a manutenção dos mecanismos de controle. "É essencial não baixarmos a guarda", destacou.
Ele afirmou que, antes do relaxamento das medidas, os países devem se assegurar de que as transmissões estejam sob controle. Ele acrescentou que os governos também precisam garantir que os cuidados de saúde tenham a capacidade de "identificar, isolar, testar, rastrear contatos e impor quarentena".

Kluge pediu ainda maior vigilância em locais vulneráveis, como casas de repouso ou áreas onde pessoas morem em habitações com lotação excessiva. Além disso, os locais de trabalho também devem manter as medidas de precaução, ao mesmo tempo em que os países devem agir para evitar a importação de novas infecções. 

06:30 – Espanha tem 551 mortes nas últimas 24 horas

O número de mortes na Espanha aumentou para 19.130 até esta quinta-feira. Segundo o Ministério espanhol da Saúde, foram registradas 551 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, mais que as 523 do dia anterior. 

O número de casos no país aumentou de 177.633 para 182.816. A Espanha é o segundo país com mais casos e mortes de covid-19, atrás dos EUA. 

06:45 – Oktoberfest pode ser cancelada devido à pandemia

As mais recentes medidas anunciadas pela Alemanha para conter a pandemia de coronavírus incluem a proibição de grandes eventos públicos até o fim de agosto. Apesar de a Oktoberfest de Munique, na Baviera, estar planejada para ir de 19 de setembro até 4 de outubro, o governador do estado, Markes Söder, afirmou que a festa provavelmente será cancelada.

"Estou muito cético. Com base na situação atual, é difícil imaginar que um evento grande como este será possível até então", disse Söder à emissora local Bayerische Rundfunk na noite desta quarta.

O governador afirmou que ele e o prefeito de Munique tomarão uma decisão final sobre a Oktoberfest nas próximas duas semanas.


                                     Oktoberfest de Munique está planejada para começar em meados de setembro




06:30 – FMI prevê estagnação econômica na Ásia pela primeira vez desde anos 1960

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que as economias da Ásia irão "estagnar" devido à pandemia de coronavírus, enfrentando mais dificuldades do que durante a crise financeira de 2008/9 ou o crash asiático de 1997/98.

A região registrará um crescimento nulo pela primeira vez desde os anos 1960, disse Chang Yong Rhee, diretor do FMI para a Ásia e o Pacífico. Ele prevê que o impacto econômico da pandemia será "grave, generalizado e sem precedentes".

Rhee disse que a Ásia enfrenta "uma crise como nenhuma outra" devido à pandemia, que já matou mais de 137 mil pessoas em todo o mundo e levou governos a impor bloqueios que têm dificultado o comércio.

"As medidas de contenção afetam gravemente as economias", afirmou Rhee. Apesar de a Ásia "se sair melhor do que outras regiões", será duramente atingida, em parte devido a uma "deterioração da demanda externa" na Europa e na América do Norte, onde graves recessões são esperadas.

Na terça-feira, o FMI previu que medidas de isolamento social impostas para conter a pandemia resultarão na pior recessão mundial desde a Grande Depressão da década de 1930. Ao contrário do que aconteceu durante a crise de 2008/9, o crescimento econômico na China, a maior economia da Ásia e onde a pandemia teve a sua origem, no final de 2019, irá cair de 6,1% em 2019 para 1,2% este ano, prevê o fundo.

05:30 – Trump afirma que pico da covid-19 já foi atingido nos EUA e planeja reabrir economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu apresentar nesta quinta-feira planos para reabrir a maior economia do mundo, afirmando que os EUA já passaram pelo pico da crise de coronavírus apesar de um recorde diário de mortes. Quase 2.600 pessoas morreram no país em decorrência da covid-19, a doença respiratória provocada pelo patógeno, em 24 horas, segundo contagem da agência de notícias AFP..

No entanto, Trump afirmou a repórteres que sua "estratégia agressiva" contra o vírus está funcionando e que "dados sugerem que passamos do pico de novos casos em nível nacional". Ele classificou os números recentes sobre o coronavírus de "encorajadores".

Ele prometeu apresentar diretrizes para reabrir partes do país, sugerindo que estados menos afetados poderiam afrouxar restrições antes do início de maio. As decisões finais sobre as medidas caberão, porém, aos governadores.

Os EUA são o país mais atingido pela pandemia. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, mais de 639 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e mais de 30 mil morreram em decorrência do patógeno no país. Mais de 10 mil óbitos foram registrados apenas na cidade de Nova York.

05:05 – Presidente da Nicarágua reaparece após 34 dias
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, reapareceu após um sumiço de 34 dias em plena pandemia de covid-19, o que gerou uma série de boatos e especulações sobre seu estado de saúde.

Em pronunciamento na televisão, ele defendeu a estratégia de seu governo no combate à doença, que, segundo afirma, permitiu conter a disseminação do novo coronavírus. Ortega afirmou que há apenas nove casos em todo o país e que somente uma pessoa morreu.

O mandatário de 74 anos defendeu a decisão de seu governo de não decretar emergência, não suspender as aulas nem restringir a movimentação de pessoas ou a entrada no país. "Se o país deixa de trabalhar, o país morre, o povo morre, se extingue", declarou.

Ele reconheceu que a economia sentirá os efeitos da pandemia e que o desemprego deve aumentar, "mas o importante aqui é que continuamos trabalhando e observando as normas de maneira muito consciente e muito disciplinada", acrescentou.

Ortega afirmou que a estratégia de enviar pequenas brigadas sanitárias de casa em casa para levar informações sobre cuidados com a saúde em meio à pandemia explica por que a pandemia "avançou lentamente" no país.


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